
ESPECIAL / EUROTRIP
Veja um concerto em um dos palácios mais bonitos da Espanha
Palau de la Música, assim como casas de Gaudí em que muitos turistas não entram, são dicas deste quarto texto da série sobre viagem







Texto 3: Corra, mas pare para curtir Banksy em Barcelona
Depois de Banksy e das corridas, dicas do texto anterior, recomendo ver um concerto no Palau de la Música, mas seja mais esperto que eu.
Patrimônio mundial da Unesco, o Palau é do começo do século 20 e do arquiteto modernista Montaner, mas fotos da sala de concertos principal no Google vão te convencer mais que qualquer informação. Há vários tipos de visitas, mas você pode conhecer a sala principal indo a apresentações.
Pensei nisso, até aí fui esperto. Comprei um ingresso, porém, para um auditório menor do Palau. Ok, tomando um café lá dentro conheci uma parte bonitona da obra, e o repertório do concerto que vi era mais específico que os clichês (flamenco, La Traviata etc.) que dominam a programação da sala principal. Ainda assim, deve valer conhecê-la.
Existe um ingresso conjunto do Palau e do Recinto Modernista de Sant Pau, um complexo hospitalar, também do Montaner, sui generis e permeado por jardins. No entanto, se você não estiver viajando com uma arquiteta, como no meu caso, talvez não valha tanto.
O que vale sem dúvida é a Casa Vicens, que parece a casa que um usuário de ácido de criação russa projetou para a sua família passar o verão.
Parece, mas é Gaudí, e você não deveria perder. Sei quão óbvio é recomendar Gaudí em Barcelona, mas tenho algumas dicas um pouco menos manjadas sobre isso.
Depois de visitar Sagrada Família e Parc Güell, muita gente se contenta em apreciar por fora as casas Batlló e Milà (La Pedrera), que são próximas. Não faça isso. O infinito de motivos marítimos do interior da Batló, que na realidade é um edifício, vale cada um dos muitos euros que se paga para entrar (já falo sobre preços).
Na verdade, eu colocaria a Batló, a Vicens e a Milà, nessa ordem, acima do Parc Güell, menos impressionante e com uma lotação enlouquecedora.
Dica de ouro sobre a Sagrada Família: vão te mandar baixar o app oficial para comprar ingressos, e nele só há tickets vários dias para frente, mas um quiosque na rua da Marina (Carrer de la Marina), ao lado da igreja, tem ingressos para horários mais próximos.
Para tomar um café em um jardim estiloso, vá na livraria La Central del Raval (não na outra unidade da Central), perto das Ramblas. A seleção de títulos deles não se encontra em livrarias comerciais e merece tanta atenção quanto a cafeteria.
Outro ponto alto da cidade são as pâtisseries. Não lembrava de, Espanha afora, ter visto tantas confeitarias boas e em geral em conta. Então coma os croissants de Barcelona, não aqueles recheados com atendimento azedo em Paris.
Sobre o valor dos ingressos, parece um surto barcelonês. As entradas do Louvre, da Acrópole e de outras atrações europeias famosas aumentaram alguns euros nos últimos anos, mas em Barcelona as atrações do Gaudí dispararam para 28 a 40 €, um valor que se você multiplicar pela cotação de 6,30 vai dar vontade de desfazer as malas.
Por outro lado, não é verdade, como eu tinha escutado e comentei antes nesta série, que um almoço comum vem custando quase 30 € por pessoa na Europa. Em Barcelona e na Grécia, por exemplo, esse tende a ser o valor por casal, e é muitas vezes o de um menu completo (bebida, entrada, principal e sobremesa).
Texto 5: Apesar das partes duvidosas, cruzeiros valem a pena
