
STF
Silas Malafaia se cala em depoimento à PF e ataca Moraes em entrevista à Folha
Pastor foi alvo de busca e apreensão na noite de quarta-feira

Silas Malafaia foi impedido de deixar o país. | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) cumpriu na quarta-feira (20) um mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares contra o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Ele foi conduzido a prestar depoimento, mas ficou em silêncio.
Ao portal G1, Malafaia afirmou ter recorrido ao direito constitucional de permanecer em silêncio, decisão tomada junto a seu advogado sob a justificativa de que não tiveram acesso ao inquérito.
Mais tarde, em entrevista à Folha de S.Paulo, o pastor voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e disse considerar possível ser preso: “Todo desfecho é possível em relação a esse ditador [Alexandre de Moraes]. Tudo é possível [sobre a possibilidade de prisão], mas eu não tenho medo disso. Ele [Moraes] está no último suspiro, sabe?"
Malafaia também responsabilizou o ministro pelo agravamento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
O religioso classificou como “aberração” a apreensão de seu passaporte — determinada por Moraes — e negou intenção de deixar o País. “Eu estava em Portugal; se quisesse fugir, não teria voltado”, afirmou. Ele ainda criticou a divulgação de conversas privadas de WhatsApp envolvendo seu nome e o dos ex-presidentes Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro.
Em uma dessas mensagens, Malafaia chamou Eduardo de “babaca” por sua atuação nos Estados Unidos. O deputado federal vive no Texas desde março e, de lá, defende que Washington imponha sanções ao Brasil até que o Congresso vote uma anistia a seu pai.
O ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por tentativa de golpe de Estado, acusado de buscar reverter sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
