O secretário de Projetos Estratégicos do governo de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), garante que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é candidato à reeleição. “Ele é candidato à reeleição, a não ser que caia uma bomba”, afirmou ao Metrópoles nesta sexta-feira (27). A notícia é boa para o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que articula candidatura à presidência e mira no mesmo grupo de eleitores do gestor paulista.

Tarcísio é tido como o nome mais forte para suceder o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível por duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caiado, por sua vez, trabalha para se tornar mais conhecido e garantir o apoio dos bolsonaristas na disputa ao Planalto. 

Sem o governador de São Paulo no páreo, como mencionado, ele pode buscar esses votos. Claro, a ausência de Tarcísio não impede que Bolsonaro abençoe outros nomes, como o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado; ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

Há, ainda, outros pré-candidatos da direita que buscam esse grupo, como os governadores do Paraná e Minas Gerais, Ratinho Júnior (PSD) e Romeu Zema (Novo). Mais moderado, o gestor do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), também é um postulante ao Planalto.  

Caiado precisa se mostrar mais viável que estes políticos. Mas o peso e preferência - inclusive do mercado - por Tarcísio torna um alívio sua ausência. Claro, nada impede que "a bomba" de Afif caia e ele entre na corrida presidencial.

Afif

Ainda na entrevista ao Metrópoles, Afif disse que, “nas condições de previsão do tempo pela frente, ele [Tarcísio] vem para a reeleição. Converso com ele todo dia. [Em São Paulo], não tem para ninguém. Nem do lado de lá [oposição], nem internamente. Ninguém vai se meter. Política é assim”. 

Ele também corrobora essa preferência do mercado e do centrão pelo governador de São Paulo. “Você vai na Faria Lima, eles querem o Tarcísio urgente. Vai nos pecuaristas, é Tarcísio, Tarcísio. Não é a posição dele. Ele está quieto. Pode ver que não tem agenda dele que não seja voltada a São Paulo e às entregas.” Contudo, reforça que o gestor entende que a disputa ao Planalto é mais complicada que a corrida pela reeleição: “Ele é uma locomotiva. Está tocando um projeto com força, visando o processo da reeleição para completar o seu processo. Quem se puser na frente vai ser atropelado.”

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