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'Nenhuma outra Suprema Corte no mundo sofreu ataques tão virulentos', diz Gilmar Mendes
Ministro faz menção ao plano Punhal Verde e Amarelo para matar autoridades

Gilmar Mendes, ministro do STF | Foto: Andressa Anholete/STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) publicou um "desabafo" em sua conta no X, na noite de quinta-feira (10). A publicação, que ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusar uma "caça às bruxas" judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirma que "nenhuma outra Suprema Corte no mundo sofreu ataques tão virulentos à honra de seus magistrados, incluindo planos de assassinato arquitetados por facções de grupos eleitorais derrotados".
Mendes faz menção ao plano Punhal Verde e Amarelo, que teria sido orquestrado pelos réus no julgamento da suposta trama golpista - entre eles Bolsonaro - para assassinar o presidente Lula (PT), o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades.
Ainda segundo Mendes, nenhuma outra democracia contemporânea enfrentou "uma tentativa de golpe de Estado em plena luz do dia, orquestrada e planejada por grupos extremistas que se valeram indevidamente da imunidade irrestrita das redes sociais". Ele reforçou, também, que "as decisões judiciais e a conformação de direitos fundamentais no Estado democrático de direito são inerentemente responsivas aos riscos factuais de violação da ordem jurídica".
Confira na íntegra:
"As decisões judiciais e a conformação de direitos fundamentais no Estado democrático de direito são inerentemente responsivas aos riscos factuais de violação da ordem jurídica.
O que nenhuma outra democracia contemporânea enfrentou: uma tentativa de golpe de Estado em plena luz do dia, orquestrada e planejada por grupos extremistas que se valeram indevidamente da imunidade irrestrita das redes sociais.
Nenhum outro parlamento nacional presenciou, atônito, uma campanha colossal de desinformação perpetrada por empresas de tecnologia que, com expedientes de mentiras e narrativas alarmistas, sabotaram o debate democrático sobre modernização dos marcos regulatórios.
Nenhuma outra Suprema Corte no mundo sofreu ataques tão virulentos à honra de seus magistrados, incluindo planos de assassinato arquitetados por facções de grupos eleitorais derrotados.
Essas singularidades definem o momento histórico da democracia combativa brasileira: quando a defesa irredutível de preceitos constitucionais se transforma em imperativo civilizatório diante de forças que ameaçam não apenas as instituições nacionais, mas o próprio conceito de Estado de Direito no século XXI. O que se escreve no Brasil hoje é um verdadeiro capítulo inédito na história da resistência democrática."
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