
RIO DO SAL
Semad embarga aterro por deslizamento de lixo e contaminação de córrego
Aterro de Padre Bernardo tem dois dias úteis para apresentar plano de recolhimento dos resíduos

Divulgação/Semad | Foto:
A Secretaria de Meio Ambiente de Goiás (Semad-GO) notificou o Aterro Sanitário Ouro Verde, em Padre Bernardo, para apresentar em dois dias úteis um plano de recolhimento dos resíduos que desmoronaram no Córrego Santa Bárbara, afluente do Rio do Sal. A empresa também deve realizar a investigação e gerenciamento da área contaminada.
Análise da Semad confirmou a contaminação da água, causada pelo rompimento da contenção dos resíduos. Em resposta, foi criado um gabinete de crise com participação de órgãos como ICMBio, Defesa Civil, Secretaria de Saúde, Saneago e Caesb. A população rural da região foi notificada e alertada, via SMS, sobre a impropriedade da água para consumo.
Cinco máquinas foram apreendidas no local, e a Semad determinou o embargo do aterro, proibindo a entrada de novos resíduos. O aterro operava por liminar do TRF1, após decisão do MPGO por falta de licença ambiental. Agora, com o desmoronamento, a Semad justificou nova interdição e pediu apoio da PM Ambiental para garantir o cumprimento.
Segundo a secretária Andréa Vulcanis, o aterro segue o modelo “bolo de noiva”, também usado nos aterros de Goiânia e Aparecida. Em abril, a Justiça já havia determinado a interdição progressiva do aterro da capital por irregularidades ambientais.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa da empresa responsável pelo aterro sanitário de Padre Bernardo, o espaço, porém, segue aberto para manifestação do contraditório.
