A Polícia Federal (PF) pediu e a Interpol incluiu o nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista da difusão vermelha. Com isso, a parlamentar bolsonarista pode ser presa mesmo fora do País.

Zambelli fugiu do Brasil após condenação do Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão e a perda de mandato por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com isso, na quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Morais avatou demanda da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que ela fosse presa preventivamente. O ministro ordenou o bloqueio dos bens de Zambelli e notificou as redes sociais Gettr, Meta, Linkedin, Tik Tok, X, Telegram e YouTube para exclusão dos perfis dela. 

Sobre o pedido da PGR, o órgão disse que o intuito não era antecipar o cumprimento da pena dela, mas “assegurar a devida aplicação da lei penal”. A deputada disse, em nota, sobre o pedido de prisão, que a decisão era “ilegal, inconstitucional e autoritária”. “Nossa Constituição é clara: um deputado federal só pode ser preso em flagrante e por crime inafiançável. Nada disso ocorreu. Ainda assim, um único ministro decidiu, de forma monocrática, rasgar o devido processo legal, ignorar a imunidade parlamentar e violentar a democracia.”