
JÚRI
Justiça condena homem por homicídio qualificado contra o próprio tio, em Caldas Novas
Motivação foi uma discussão entre acusado e vítima acerca do pagamento da conta de internet, diz MP

Promotor sustentou que o crime foi praticado por motivo fútil, com emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima | Foto: Arquivo/Polícia Civil
A Justiça condenou, nesta semana, Manolo Mateus Alves a 21 anos de prisão, em regime inicial fechado, pela prática de homicídio qualificado contra o próprio tio, em Caldas Novas. O crime aconteceu em 2 de maio de 2024, na residência da vítima, Euripiano Mateus Alves, onde o acusado morava há cerca de quatro meses.
Consta na denúncia que o sobrinho foi morar com a vítima em busca de auxílio emocional, já que havia sido internado numa clínica de reabilitação para tratar vício em drogas. Segundo o promotor André Filipe Lopes Aguiar, o homicídio começou após uma discussão entre eles acerca do pagamento da conta de internet.
Em determinado momento, a vítima teria agredido o suspeito verbalmente. Manolo, então, conforme o Mistério Público, entrou em uma luta corporal com o tio e lhe aplicou uma “gravata” e bateu a cabeça dele contra o chão, pelo menos, cinco vezes.
Desacordado, o homem ainda foi atingido por um pedaço de madeira na cabeça. O agressor, após o crime, foi à Delegacia de Polícia e confessou o crime. A vítima foi socorrida e ficou por seis dias no hospital, mas não resistiu e morreu.
Promotor de Justiça que atuou no júri, Keneth Mickelsen, sustentou que o crime foi praticado por motivo fútil, com emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. A defesa alegou legítima defesa, mas a tese não foi acolhida. Cabe recurso.
LEIA TAMBÉM:
Alego sedia congresso com presença de ministros do STF e procurador-geral da República
