Os Estados Unidos atacaram três instalações nucleares iranianas neste sábado (21) e já sinalizam para a possibilidade de novos bombardeios. Em pronunciamento à nação, o presidente Donald Trump afirmou que o objetivo foi eliminar a capacidade de enriquecimento de urânio do Irã, e advertiu: se Teerã não optar pela paz, futuras ofensivas serão “muito maiores e mais fáceis de executar”.

“Foi um sucesso militar espetacular”, declarou Trump, acusando o Irã de fomentar o ódio contra os EUA e Israel ao longo de 40 anos. Segundo ele, o país é responsável por ataques que deixaram milhares de mortos e feridos no Oriente Médio.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a operação conjunta com os EUA e afirmou que os ataques continuarão até que a ameaça nuclear iraniana seja eliminada. Israel já havia bombardeado alvos militares e nucleares dias antes.

O Irã nega estar desenvolvendo armas nucleares e diz que seu programa tem fins pacíficos. Alegou ainda estar em negociações com os EUA. A Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) vinha apontando falhas no cumprimento das obrigações do Irã, mas sem evidências de que o país estivesse construindo uma bomba atômica. Teerã acusa a agência e o Ocidente de motivação política.

Embora critique o programa nuclear iraniano, Israel nunca reconheceu oficialmente possuir armas nucleares — mesmo com indícios de que mantenha um arsenal com pelo menos 90 ogivas desde os anos 1950.