
CÂMARA MUNICIPAL
Em reunião, trabalhadores denunciam problemas nas maternidades de Goiânia
Encontro, realizado na Câmara Municipal, foi articulado pela vereadora Aava Santiago que definiu ao menos cinco medidas para os próximos dias

Encontro contou com a participação de trabalhadores das três maternidades de Goiânia | Foto: Lincoln Leão
A vereadora Aava Santiago (PSDB) realizou nesta segunda-feira (25) uma reunião emergencial com trabalhadores das três maternidades públicas de Goiânia — Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara.
O encontro, na sala de reuniões da Presidência da Câmara Municipal, contou com a participação de profissionais que apontam problemas como a falta de insumos e insegurança diante da troca de gestão das unidades.
Segundo os trabalhadores, a transição entre organizações sociais foi feita de forma apressada e sem transparência, provocando dúvidas sobre quem será responsável pelo pagamento futuro e sobre os critérios de recontratação.
“Recebemos inúmeras mensagens de profissionais demonstrando grande apreensão quanto ao futuro. Eles não sabem quem vai administrar as maternidades, quais serão os benefícios e se terão seus direitos garantidos. Nosso papel é garantir que ninguém perca direitos e que a população continue recebendo atendimento de qualidade”, disse a vereadora.
Para Santiago, a transição sem licitação, sem aprovação da Câmara e sem participação dos conselhos de saúde gera riscos e prejudica a população.
“O que está em jogo não é apenas uma mudança administrativa, mas a vida de mães e crianças atendidas diariamente. Precisamos fiscalizar, cobrar clareza e evitar que interesses políticos ou comerciais comprometam a saúde pública”, acrescentou.
Entre as medidas definidas na reunião estão: oficializar denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT); representação ao Ministério Público Estadual sobre uso do fundo rescisório; levantamento detalhado da dívida rescisória da Fundahc e encaminhamento de ofícios ao Denasus e ao Ministério da Saúde para verificar recursos federais.
Mas não só. Também ficou definida a cobrança à Secretaria Municipal de Saúde sobre plano de cargos e salários acordado e plano de trabalho a ser executado pelas OSs, bem como uma articulação com a Fundahc para avaliar permanência dos funcionários até o fim do contrato.
