
NA ALEGO
Dívida de Goiânia chega a R$ 4,8 bilhões, diz secretário da Fazenda
Durante passagem pela Alego, titular argumentou em favor da extensão do prazo de calamidade por novos 180 dias

“Apareceu R$ 1,2 bilhão [em dívidas] que não está contabilizado oficialmente”, disse | Foto: Will Rosa/Alego
O secretário da Fazenda de Goiânia, Valdivino de Oliveira, defendeu a prorrogação do decreto de calamidade financeira durante passagem pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) nesta terça-feira (17). Vale lembrar que a proposta, enviada pelo prefeito Sandro Mabel (UB) ao Parlamento, recebeu parecer contrário do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO).
Na ocasião, Valdivino afirmou que o município enfrenta um cenário crítico, com dívidas acumuladas, que ultrapassam os R$ 4,8 bilhões, valor superior ao passivo de R$ 3,6 bilhões apontado durante a transição de governo. Segundo ele, grande parte dessa dívida não aparece nos balanços, o que explicaria a divergência com o parecer do TCM-GO.
“Muitas dívidas, como as do Imas [Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais], são o que chamamos de ‘dívidas do pendrive’. Não têm empenhos prévios nem registro formal, porque os processos não foram normalizados”, explicou.
E emendou: “Os restos a pagar, segundo os balanços, praticamente não existem. Mas apareceu R$ 1,2 bilhão que não está contabilizado oficialmente.” O secretário justificou que, embora os números apresentados à contabilidade pareçam equilibrados, a realidade financeira da capital é “calamitosa”.
Segundo ele, o decreto de calamidade é fundamental para garantir margem de negociação da Prefeitura com fornecedores e prestadores de serviço. Sobre a posição do TCM-GO, o secretário foi incisivo: “À luz da contabilidade, o tribunal não tem que dizer nada diferente do que disse. Mas a situação real é de calamidade”. (Com informações da Agência Assembleia de Notícias)
