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"LAWFARE"

"Covarde", diz Ciro Gomes ao acusar Lula de perseguição

Documento protocolado pela AGU diz que Ciro fez "insinuação sabidamente falsa" e pede que ex-ministro ratifique ou negue o que foi dito

Felipe Cardoso
Goiânia | 08/06/2025

Ciro diz que há anos suporta em silêncio um "enorme lawfare" | Foto: José Cruz/ABr

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) chamou o presidente Lula (PT) de "covarde" e o acusou de perseguição. As queixas vieram depois que o petista moveu um processo contra Ciro, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU). O pedetista se revoltou com o fato da AGU ter acionado a Justiça Federal do Ceará para contestar postagens de Ciro nas redes sociais. Nas gravações, o político insinua que o presidente teria praticado crimes de corrupção e peculato. 

Depois da ação, Ciro voltou às redes sociais e disparou em nova gravação: "Nos últimos anos, eu tenho procurado suportar em silêncio um enorme lawfare (a expressão diz respeito a uma forma de guerra onde o direito é usado como arma)".

E continua: "Muitos processos artificiais são movidos contra mim pelos políticos agentes dos agiotas que chupam o sangue do povo brasileiro. [...] Agora, finalmente, o maior dos agentes dos agiotas, o presidente Lula, ele mesmo, do alto da sua covardia e manipulando o próprio poder da Presidência da República, entra nesse jogo judicial na tentativa de me calar".

"[Lula] me interpela judicialmente por suposto ataque a sua honra, mas não por calúnia, pois me daria o direito de pedir o que em direito se chama 'exceção da verdade', que é provar que tudo o que eu falo é a mais pura verdade. A propósito, não ofendi em nada em minhas exposições das políticas de agiotagem do governo. São os fatos e somente eles, os fatos, que o ofenderam", continua o ex-ministro.

Ciro, por fim, dispara: "A pobreza é o negócio do governo Lula, os bancos, os seus beneficiários. Não me calarei. Não podem me intimidar. Quem não tem rabo preso, nem pretende ser candidato a mais nada, a não ser defender o povo brasileiro, vou lutar até o último dia da minha vida".

Ação da AGU

O documento apresentado pela Advocacia-Geral da União à Justiça do Ceará diz que nas gravações anteriores Ciro fez "insinuação sabidamente falsa, sugerindo que o presidente da República teria se beneficiado de propina como condição à implementação da recente política intitulada 'Crédito do Trabalhador'". 

Ainda no documento, a AGU defende a necessidade do ex-ministro esclarecer as ofensas proferidas. Também foi reivindicado que Ciro possa ratificar ou negar claramente as suas afirmações, "assim delimitando o alcance real de suas palavras e expressões, razões pela qual a presente medida se impõe como objetivo de melhorar sua conduta". 

Em um trecho do vídeo contestado, Ciro diz o seguinte: "Eu fico pensando em quanto terá sido a enorme propina para que essa imensa negociata seja anunciada. Vocês acham exagero? É que vocês não sabem, como eu, como é que nasceu o mensalão. Foram os paus mandados do Lula vendendo o cadastro de aposentados do INSS para o Banco Rural".



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