Monitor do Debate Político, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) da USP, que atua em parceria com a ONG More in Common, revelou público de 12,4 mil pessoas no pico de Bolsonaro (PL), na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (29). O número é menor que a última manifestação, há dois meses, quando foram cerca de 44,9 mil pessoas (o que já foi menos do que o esperado, à época). 

Mesmo os bolsonaristas, admitiram o público menor para o evento a favor dos envolvidos no 8 de Janeiro. Para o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), existem quatro "culpados". São eles: a Copa do Mundo de Clubes da Fifa; o início das férias escolares; o fim de mês; e intervalo de tempo pequeno entre a convocação e o dia do ato. 

“Mas faço um desafio à esquerda: bota 1/3 da quantidade de gente que colocamos para ver se a esquerda vai. A esquerda não tem gente, não tem povo. Mesmo com todas essas dificuldades, a gente ainda colocou muita gente, graças a Deus,” emendou.

A base do presidente Lula (PT), por sua vez, aproveitou para chamar o ato de "fracasso" e dizer que "flopou". "Parece que flopou de novo, né?", escreveu o presidente interino do PT, senador Humberto Costa (PE). Já o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) disse: "A manifestação do inelegível, na Avenida Paulista, foi um fracasso. Que vergonha..."

Do PSOL, o deputado federal Guilherme Boulos escreveu: "Paulista vazia no ato do Bolsonaro. O povo não aceita mais a manutenção dos privilégios. Só nos últimos dias, a aliança do bolsonarismo com o centrão aprovou: aumento do número de deputados, aumento da conta de luz. E agora, ameaça aprovar o fim do descanso remunerado. O recado começa a ser dado."

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