Um ataque de Israel na Faixa de Gaza matou cinco jornalistas da televisão Al Jazeera e outras duas pessoas no domingo (10). O ataque ocorreu a uma tenda de imprensa montada perto do portão principal do Hospital al-Shifa, conforme a agência RTP.

Entre as vítimas estava o jornalista Anas al-Sharif, de 28 anos. Além dele, o correspondente Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa. Pouco antes do ataque, o repórter da Al Jazeera publicou nas redes sociais sobre um intenso bombardeio israelense na região.

O governo de Israel, por sua vez, acusa al-Sharif de liderar uma célula do Hamas. Além disso, o país também já afirmou que o jornalista coordenava ataques com foguetes contra civis e tropas israelenses, tendo, inclusive, provas das acusações.

Tanto a Al Jazeera quanto as organizações de direitos humanos rejeitam as acusações. Eles dizem que se trata de uma “campanha de incitação” contra jornalistas palestinos. Já o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) lembrou que al-Sharif já tinha sido alvo de ataques à reputação do porta-voz militar israelense Avichai Adraee. 

Mais de 200 jornalistas e trabalhadores da mídia morreram desde o início da ofensiva israelense. 

LEIA TAMBÉM:

PSDB acerta filiação de Ciro Gomes para a segunda quinzena de agosto